BID não financia mais o Pró-Guaíba
2005-04-25
Com a incapacidade de endividamento do Estado, o Pró-Guaíba terá que buscar fontes de financiamento alternativas ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e parcerias para desenvolver o segundo módulo. A primeira fase acabará em junho. O programa foi criado em 1989 e visa promover o desenvolvimento socioambiental da Região Hidrográfica do Guaíba. Na prática, começou a funcionar em 1995. A proposta inicial previa quatro módulos, que deveriam ser concluídos em no máximo 20 anos. No entanto, atrasos e dificuldades fizeram com que metade desse tempo fosse utilizada em apenas um módulo. Para viabilizar algumas ações previstas para o segundo módulo, o Executivo apostará em fontes não externas de financiamento e parcerias com os municípios. Segundo a secretária executiva do Pró-Guaíba, Vera Lúcia Callegaro, o Estado terminou de pagar em 2004 a contrapartida do programa. Pelo contrato, o BID financiaria 60% dos 220,5 milhões de dólares investidos e o restante seria de responsabilidade do governo. - Ultrapassamos o valor da contrapartida em R$ 2 milhões - apontou.
A secretária executiva enfatizou que o Pró-Guaíba, ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, beneficiou cerca de 6 milhões de pessoas de forma direta ou indireta. O destaque, para ela, é a construção do Plano Diretor da Região Hidrográfica do Guaíba. O secretário municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, defendeu a mobilização da sociedade. Conforme Moesch, o Pró-Guaíba colaborou com os municípios diretamente ou oportunizou investimentos. Na Capital, ele citou a construção das estações de tratamento na zona Sul e de Cachoeirinha/Gravataí, controle do uso de agrotóxicos na região Metropolitana, preservação do Parque Delta do Jacuí e melhorias no Jardim Botânico. (CP, 24/04)