Uma reunião realizada na quarta-feira entre Ministério Público Estadual e secretarias municipais da agricultura e meio ambiente, analisou a situação de 16 olarias localizadas no interior de Passo Fundo e apresentou alternativas para que as mesmas não sejam fechadas. A secretaria da agricultura já fez contato com Sindicato dos Trabalhadores Rurais, pedindo que o mesmo faça o levantamento das empresas que fazem consultoria ambiental no município. Depois os órgãos deverão analisar a melhor proposta e fazer o intermédio entre as empresas e os oleiros, para que os mesmos tenham alternativas mais baratas para regularizar sua situação. Segundo promotor Paulo Cirne, o objetivo do trabalho é dar um suporte para todos os oleiros, podendo facilitar para todo o grupo e evitar o fechamento das olarias. Cirne diz que a proposta é viabilizar que o problema possa ser rapidamente solucionado, pois não haveria condições por parte da prefeitura, num curto espaço de tempo, atender todo os oleiros em situação irregular.

O secretário municipal da agricultura, Marcos Susin, afirma que uma ação deverá ser feita em comum acordo com STR, buscando fazer com que a empresa que se predispor a fazer o serviço de licença e o projeto de recuperação com um preço razoável, estenda seu serviço a todos os oleiros. A falta de licenciamento ambiental para extração da argila na fabricação de tijolos e ainda a inexistência de projetos de recuperação das áreas degradadas, poderá resultar no fechamento nas cerca de 25 olarias. Para que isto não aconteça os oleiros deverão integrar o processo junto ao MP e à Prefeitura. A prefeitura, através das duas secretarias, reafirmou a dificuldade que teria para fazer todo o procedimento de licenciamento e os projetos de recuperação, se dispondo a auxiliar no processo de levantamento das empresas capacitadas. A extração de barro para a produção de tijolos, sustenta cerca de 20 famílias de pequenos agricultores no interior de Passo Fundo. (Diário da Manhã, 22/04)