SENADO DOS EUA DEVE APROVAR EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NO ALASCA
2001-09-04
O presidente norte-americano George W. Bush está prestes a vencer a primeira batalha no Senado pela abertura do refúgio da vida selvagem no Alasca à exploração de petróleo e gás natural. O Comitê de Energia do Senado deve a aprovar uma ampla lei sobre energia, em setembro, que incluirá a abertura do refúgio à exploração. A questão é controversa para os planos da Casa Branca no sentido de aumentar a oferta interna de energia, mas há oposição por parte de de ambientalistas. Um survey realizado na semana passada pela agência de notícias Reuters, com os 23 membros do comitê, dá conta de que a lei irá passar por maioria devido ao fato de que dois democratas estão favoráveis à abertura da área para exploração econômica e apenas um republicano se opõe. O comitê deverá realizar um debate sobre o assunto na segunda semana de setembro. Advogados dos democratas esperam utilizar uma linguagem que possa convencer outros no sentido de permitir a abertura do local, cujas expectativas de ganhos econômicos, só com o petróleo, são de 16 bilhões de barris. Mas se o presidente George W. Bush não aprovar a decisão, o assunto deverá ser novamente apreciado pelos senadores. Até o momento, existe um lobby muito forte entre ambientalistas e políticos favoráveis à exploração do refúgio. A administração Bush quer utilizar apenas 810 hectares da área do refúgio, que tem um total de 7,7 milhões de hectares. Mas o impacto ambiental, pelo menos em princípio, deverá ser notado em 607,5 mil hectares. Dez dos 12 democratas do comitê, incluindo o líder, Jeff Bingaman, do Estado do Novo Mexico, se opõem à exploração de petróleo no refúgio. E dez dos 11 republicanos do comitê dizem que votarão pela abertura. A democrata Mary Landrieu, de Louisiana, cujo Estado é o maior produtor de petróleo e de gás natural do país, quebrou o acordo com seus pares e está favorável a exploração. Landrieu decidiu voltar atrás após o período de recesso do Congresso norte-americano, em agosto. Em contraposição, o republicano de Oregon, Gordon Smith se opõe à abertura, contando com o apoio de grupos ambientalistas.