Etanol avança como alternativa ao petróleo
2005-04-25
O mercado internacional do álcool vem se expandindo na esteira do crescente interesse de preservação do meio ambiente, além da busca de alternativas para o petróleo na matriz energética. No ano passado, a produção mundial somou 11 bilhões de galões, dos quais 36,26% foram originados da agroindústria brasileira, de acordo com a Associação dos Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês). Os Estados Unidos são o segundo principal produtor de álcool, com 3,535 bilhões de galões em 2004. Alguns países ainda resistem à produção de álcool. Muitos se opõem à mistura de etanol na gasolina por interesse da indústria do petróleo. País altamente dependente do derivado fóssil, o Japão contou com um forte lobby de grandes distribuidoras associadas à área de energia para inibir a implementação de programa de álcool.
Alguns países ainda não misturam álcool à gasolina, porque os custos de produção não são competitivos. Na região Centro-Sul do Brasil os custos são de US$0,15 por litro. Já no Norte – Nordeste, chega a US$0,18, enquanto nos Estados Unidos, equivalem a US$0,33. Na Europa, os custos saltam para US$0,55.
Os Estados Unidos estão empenhados em ampliar o mercado local de álcool para compensar a alta de preços e perspectivas de escassez do petróleo. Com um total de 81 destilarias em operação em vinte estados, o país tinha, no final de 2004, 16 novas unidades em construção e dois grandes projetos de expansão em andamento. Por isso a mistura do etanol chega a representar 30% de toda a gasolina comercializada no mercado norte-americano. (GM, 25/04)