Relatório mostra retrocesso nos planos de reduzir mercúrio
2005-04-25
As emissões de mercúrio nos Estados Unidos podem ser cortadas em aproximadamente a metade dentro de 15 anos sem controles diretos da poluição, mas apenas com o controle de comércio feito pelo governo, concluíram pesquisadores congressistas.
Mas uma redução de 70% nas emissões atuais serão improváveis até 2030, uma dúzia de anos após a meta estabelecida pela administração governamental, porque há uma ênfase na permissão das companhias em comercializar os direitos de poluição mais do que em instalarem tecnologias de controle da poluição no estado-da-arte, assinalaram oficiais do Serviço de Pesquisa do Congresso.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA) não requer, inicialmente, que os fabricantes façam nada mais do que se submeterem a regras separadas para a redução de outros dois poluentes – dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio. A análise informa que as regulamentações sobre o mercúrio determinadas pela EPA no mês passado minimize custos para as usinas de eletricidade através da redução do mercúrio, como subproduto da queima de carvão.
–Nosso julgamento é que essas tecnologias não estarão amplamente disponíveis para a indústria até o período após 2010, disse Bill Wehrum, conselheiro da EPA para a área de qualidade do ar. –Também devemos projetar essas regulamentações como sendo tão custo-efetivas quanto possível, acrescentou.
Em 2010, as usinas de energia terão que começar a usar o programa de captura e venda para reduzir as emissões de mercúrio com base em comercialização de créditos de outras empresas. Estima-se que 4% das plantas de energia poderão atingir as expectativas de corte em 50% das emissões de mercúrio até 2020, através do programa de comércio. Segundo a EPA, das atuais 48 toneladas anuais de mercúrio utilizadas por 600 termelétricas a carvão, serão consumidas 31,3 toneladas em 2010 e 24,3 toneladas em 2020. (NY Times, 23/4)