Depois de nove anos, começa a ser formado o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo. Com o objetivo de organizá-lo, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente realizou no dia 19, uma reunião no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo. Participaram ambientalistas, representantes do poder público e de entidade de classe. Na ocasião, foram relacionadas as entidades que farão parte do Comitê. De acordo com a coordenadora da Comissão da Bacia do Rio Passo Fundo, Mara Regina Linck, as indicações vão ser analisadas pelo Conselho de Recursos Hídricos do Estado e, na próxima reunião que deve acontecer em maio, as entidades vão tomar posse.

O secretário executivo do Conselho de Recursos Hídricos do Estado, Paulo Renato Paim, explica que a formação do Comitê levou tantos anos para ser formado porque sua organização depende do engajamento da sociedade. O Comitê da Várzea também deve ser criado nos próximos meses. Paim explica ainda que 40% dos votos de um comitê de bacia é ocupado pelos usuários da água; outros 40% pelos representantes da sociedade organizada (vereadores, ambientalistas, sindicatos, associações); e 20% dos representantes do Estado. Paim destaca que o beneficio mais importante, mais direto com a formação do Comitê, é a organização da sociedade para gerenciar seus próprios recursos naturais. Na medida em que o Comitê começa a definir por exemplo, quais são os usos futuros da água, toda decisão política sobre licenciamento ambiental e outorga pelo uso da água ficam condicionados por esta decisão da sociedade. Conforme o secretário executivo do Conselho de Recursos Hídricos do Estado, os resultados práticos do Comitê poderão ser visualizados a médio e longo prazo. (Diário da Manhã, 20/04)