Está marcada para hoje (20/04), em Belém do Pará, audiência pública que discutirá a instalação da Alcoa no Amazonas. O empreendimento de extração de bauxita em Juruti (AM) conta com um investimento de R$1 bilhão, nos primeiros três anos, e tem impactos social e ambiental expressivo na região. Segundo informações da Procuradoria da República no Pará, o procurador da República em Santarém, acompanha o processo de licenciamento ambiental, ao lado do promotor estadual do meio ambiente, Raimundo Moraes. Os dois estarão presentes na audiência, a terceira promovida pela empresa como pré-requisito para obtenção das licenças necessárias.

O projeto Juruti prevê a extração, beneficiamento e concentração do minério da bauxita, o transporte por até um porto a ser construído e depois o escoamento pelo Rio Amazonas. A aprtir do licenciamento, a implantação deve consumir 30 meses de trabalho e a exploração de reservas está prevista para 15 anos. A empresa promete a criação de cerca de 3,7 mil empregos, sendo 2,2 mil diretos durante a fase de instalação e 1,5 mil durante a operação. A extração estimada é de seis milhões de toneladas de bauxita, podendo chegar a dez milhões. O Relatório de Impacto Ambiental (Rima)registra o desmatamento de 5,5 mil hecatres de floresta durante os 15 anos de extração. A instituição informa que os MPs Federal e Estadual estão analisando o Rima, com acompanhamento de um especialista em meio ambiente. De acordo com os Ministérios, uma das comunidades afetadas pelo empreendimento será a Vila Amazônia, uma área de trabalhadores não contemplada nos estudos da empresa.Essa é uma das falhas encontradas pelo Ministério Público. (GM, 20/04)