Editora rebate acusações de Esquema Monsanto
2005-04-20
Com relação a um suposto esquema de lavagem cerebral nas escolas públicas denunciado pelo deputado estadual Frei Görgen (PT) do Rio Grande do Sul (publicado em 18/4), envolvendo a Monsanto e o Ministério da Cultura, a editora responsável pelo projeto Janela para o Mundo, a Horizonte Geográfico, esclarece que:
1) O conceito do Projeto Janela para o Mundo, iniciado em 1993, foi elaborado pela Editora Horizonte Geográfico para tratar de diversos temas culturais, ambientais e sociais em escolas públicas, por meio da distribuição de revistas Horizonte Geográfico, pôsteres, encartes, vídeos, sempre com anuência prévia das Secretarias de Educação de cada região.
2) Desde 1993, milhares de escolas de 15 Estados foram atendidas pelo Projeto, abordando temas variados, como arqueologia, ecologia, aventura, geografia e história. 3) Em 2005 a Monsanto aceitou a proposta da Editora para investir no projeto, dividido em duas etapas: a primeira consiste na elaboração e distribuição de exemplares da revista Horizonte Geográfico, pôsteres e encartes e foi aprovada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura com o nome Janela Sudeste, na modalidade patrocínio parcial, o que significa uma isenção fiscal de 30% sobre o valor de R$ 480 mil investidos pela Monsanto.
Conforme a empresa, na segunda etapa do projeto, técnicos da editora e professores da Universidade de São Paulo, em parceria com as Secretarias de Educação irão oferecer aos professores das escolas contempladas oficinas de capacitação com oito horas de duração. O material distribuído reúne em torno de 540 páginas de reportagens sobre temas variados. Um deles, com oito páginas trata da história da agricultura no Brasil, as técnicas agrícolas, o uso do solo no Brasil e a importância da conservação do solo. Conforme Ana Maria Yahn
Assistente Comercial da Horizonte, é importante esclarecer que as oficinas de capacitação utilizam o tema Agricultura e Meio Ambiente para mostrar aos professores opções de atividades em aula para incentivar a pesquisa, a reflexão e o trabalho em grupo. — Vale ressaltar que o conteúdo dos materiais e a operacionalização de todas as etapas do Projeto são de total responsabilidade da editora, reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade de seu trabalho, afirma.
Segundo ela, nesse projeto, o papel do patrocinador é fornecer recursos financeiros próprios, ou através da Lei Rouanet, para viabilizar a ação. — Várias empresas patrocinaram outras etapas do Janela para o Mundo, como Xerox, Duke Energy, Unibanco, Brasilprev, Embraco, Tetra Pak, Coinbra, e os resultados foram reconhecidos positivamente pelo poder público e por prêmios da iniciativa privada, finaliza.