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2005-04-19
Por Geraldo Hasse

A Aracruz Celulose chegará ao fim do ano 2005 com uma capacidade de produção de 3 milhões de toneladas de celulose. De acordo com seu planejamento estratégico para os próximos 15 anos, deverá estar produzindo pelo menos 6 milhões de toneladas em 2020. Por isso a empresa está procurando lugar para expandir. Pode ser no Rio Grande do Sul, mas não é certo. A nova frente pode ser no Maranhão, no Mato Grosso do Sul, na Bahia...

Se fosse seguir o seu coração porto-alegrense, o engenheiro Walter Lídio Nunes, diretor de operações da Aracruz, decidiria pelo Rio Grande do Sul, mas nem pensar: não há lugar para sentimentos nas decisões de um jogador internacional. O que pesa realmente, em primeiro lugar, é o custo de produção. Quanto mais baixo, melhor, naturalmente (nesse aspecto, o Brasil é campeão mundial: 155 dólares por tonelada, metade do custo dos Estados Unidos).

Na tomada de decisão, pesam também (não nessa ordem): o custo das terras onde serão implantadas as florestas, a disponibilidade de água e energia elétrica, a facilidade de transporte de toras e embarque da celulose para o Hemisfério Norte, o ambiente social e político.

Levando em consideração todas as variáveis embutidas na decisão de investir US$ 1 bilhão de dólares para produzir l milhão de toneladas de celulose por ano, a empresa vem puxando conversa com os governos (federal, estaduais e municipais), coisa que demanda tempo, pois em cada espaço operacional estão envolvidas também as questões ambiental, tributária, entre outras. O prazo para uma decisão da Aracruz se esgotaria no início do segundo semestre, mas não é inflexível.

Quando iniciou a análise dos locais onde poderia expandir suas atividades, a Aracruz Celulose levantou 17 situações possíveis, a começar pela sua base em Aracruz, no Espírito Santo, onde produz 2 milhões de toneladas/ano. A expansão ali é tecnicamente possível, mas está praticamente fora de cogitação, por causa das brigas sociais associadas à manutenção dos eucaliptais e à operação da fábrica: carvoeiros, índios, quilombolas, sociólogos, jornalistas, políticos...

De imediato, o mais favorável é a duplicação da Veracel, que está em testes em Eunápolis, perto de Porto Seguro, no sul da Bahia. Nesta fábrica, com capacidade de produzir 900 mil toneladas por ano, a Aracruz tem 50% das ações, ao lado da gigante sueca Stora Enzo. A planta baiana é considerada muito boa, especialmente porque, além da madeira do sul da Bahia, pode absorver excedentes das florestas plantadas do Espírito Santo e do leste mineiro.

Dentre as outras 15 alternativas – Maranhão, Minas, Mato Grosso do Sul etc - , o Rio Grande do Sul aparece com boas chances, não apenas porque a Aracruz já opera a Riocell, em Guaíba, mas porque, diz Nunes, o estado é uma nova fronteira florestal. No pampa, a Aracruz localizou três sítios possíveis para sua expansão:
1) na região de Guaíba, onde a ampliação é possível, embora complicada por questões de espaço e localização; no final deste ano, de qualquer forma, após mais uma reorganização do seu lay-out, ex-Borregaard deverá estar produzindo 500 mil toneladas;
2) no sul do estado (já escolhida pela Votorantim, sócia e concorrente da Aracruz), onde se leva em consideração a possibilidade de contar com a madeira já disponível no Uruguai – o Uruguai é uma alternativa, mas lá os estoques florestais são bases cativas (de empresas internacionais), o que envolveria mais negociações;
3) na região de Uruguaiana.

Até porque a Aracruz tem ações em bolsas de valores, inclusive em Nova York, Walter Lídio Nunes não abre o jogo, mas numa conversa breve, por telefone, ele deixou escapar a seguinte frase, que precisa ser decodificada pelos especialistas no dialeto político-empresarial: — Se os gaúchos acelerarem o seu cluster, a preferência é pelo Rio Grande do Sul. Cluster é a palavra usada pelos jogadores para se referir ao arranjo produtivo, à plataforma operacional.

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