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2005-04-19
O mais recente estudo do cientista William Stewart lembra às pessoas que, embora ainda não existam provas de que os celulares são prejudiciais à saúde, devem ser tomadas precauções. Há cinco anos, Stewart já havia dito que as crianças só deveriam usar estes aparelhos em casos de emergência. Mas o especialista, que integra um órgão de proteção radiológica da Grã-Bretanha, teme que esta orientação tenha sido ignorada.

Uma em cada sete crianças entre sete e dez anos de idade possuem hoje um telefone celular - o dobro dos níveis de 2001. O relatório de William adverte que se os telefones celulares forem prejudiciais à saúde, as crianças estarão inevitavelmente sob risco. Também há um pedido para revisar o processo de concessão de planejamento para mastros. William disse à BBC que não há evidências absolutas de que telefones celulares fazem mal, mas vários estudos levantaram graves preocupações. Seria errado permitir que crianças com menos de oito anos de idade utilizam telefones celulares regularmente, disse ele.

No ano passado um estudo realizado pelo Instituto Karolinska, da Suécia, com 750 pessoas, sugeriu que o uso de celulares durante dez anos quadruplica o risco de tumores no ouvido. Um estudo holandês sugeriu que celulares podem afetar o funcionamento do cérebro e outras pesquisas na Europa indicaram que a radiação desse tipo de telefone pode causar danos ao DNA. Adam Burgess, da Universidade de Kent, na Grã-Bretanha, publicou pesquisa há um ano rejeitando alegações de que telefones celulares são prejudiciais. Burgess disse que não sabe porque estes mais recentes alertas estão sendo feitos, eles são exatamente os mesmos feitos há cinco anos.

O Grupo Consultivo sobre Radiação Não-Ionizada do governo britânico diz que não há evidência de que os celulares sejam prejudiciais à saúde. Entretanto, eles dizem que mais pesquisa é necessária antes que eles possam garantir que não há risco. O relatório anterior, do ano 2000, dizia que crianças deveriam usar os celulares apenas em emergências, para evitar ficarem expostas à radiação. O crânio infantil, sendo mais fino do que o dos adultos, facilitaria a penetração das ondas radioativas. O relatório de três anos atrás dizia que não existiam evidências dos danos causados pelos celulares em cérebros adultos, mas recomendava um postura cautelosa. O relatório atual mantém esse conselho, dizendo que os telefones celulares tiveram seu uso disseminado apenas recentemente. A possibilidade de efeitos para a saúde permanece.(Eco Agência, 18/4)

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