Relançado em outubro do ano passado, o Plano Diretor de Solos da Souza Cruz já está obtendo resultados positivos. A iniciativa visa a utilização total e racional dos recursos da pequena propriedade, de modo a perpetuar o potencial produtivo, preservar o meio ambiente e garantir auto-suficiência e qualidade de vida ao fumicultor.

O gerente territorial de produção agrícola da Souza Cruz, Carlos Palma, informa que em 2004 foram investidos cerca de R$ 5 milhões nas atividades inseridas no plano. Para este ano, estão previstos entre R$ 7 e R$ 8 milhões. Conforme Palma, o solo deve ser utilizado de acordo com a sua vocação e dentro de sua capacidade de uso. Para 2006, Palma destaca que o número de lavouras atendidas pelo plano deve aumentar. Entre as técnicas de cultivo preservacionistas desenvolvidas estão o incentivo a culturas de inverno e de proteção vegetal, o estímulo ao plantio da safrinha de milho e feijão após o fumo com apoio da Secretaria Estadual da Agricultura e a utilização racional do solo, proporcionando a sustentabilidade econômica e ambiental da propriedade. O reflorestamento, a diversificação, a técnica do plantio direto e o cuidado com os recursos hídricos, inclusive a água consumida pelo produtor, também fazem parte do programa.

Para disseminar os conceitos do Plano Diretor, a Souza Cruz atua em toda a região Sul do Brasil, com uma equipe formada por mais de 250 técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos. Além disso, duas publicações contribuem para que seus 45 mil produtores integrados tenham acesso às informações desta iniciativa. Uma de 60 páginas, que aborda detalhadamente tipos de solos, técnicas mais indicadas, adubação, manejo, sistemas e práticas de conservação, proteção das margens dos rios e microbacias; e um livreto de 16 páginas, com os principais enfoques do programa. (Gazeta do Sul, 15/04)