O ministro argentino de Planejamento, Julio de Vido, solicitou ao diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, o envio de especialistas para determinar o estado da central nuclear de Atucha II, cuja construção foi paralisada em 1994 e que a Argentina pretende retomar.

Também em Viena, De Vido assinou, na sexta-feira(15/4), um acordo com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) sobre o fomento e o uso de fontes de energia renováveis, como o vento, o hidrogênio e os combustíveis biológicos. Em entrevista à imprensa, o ministro explicou que seu país solicita à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) apoio para uma auditoria técnica de Atucha II. Lembrou que a Argentina tem soberania para construir a usina, mas deseja fazer isso num âmbito de auditoria e de controle, para que tenha um máximo de transparência.

Com a usina de Atucha II, cuja retomada da construção teria um custo adicional de 400 milhões de dólares, a Argentina espera gerar cerca de 800 megawatts adicionais, ou seja, 3% dos 20.000 megawatts produzidos atualmente, disse o ministro. O ministro acrescentou que para agosto espera que a empresa construtora, a franco-alemã Framatome, termine um relatório técnico sobre o estado de Atucha II, que fica a 100 quilômetros ao noroeste de Buenos Aires.

O objetivo da Argentina é que, no futuro, 20% da energia gerada no país provenha de fontes renováveis, disse De Vido. (Folha Online, 15/4)