Falta de silício ameaça expansão do setor de energia solar
2005-04-15
Os principais executivos do setor de energia solar expressaram temores quanto à possibilidade de que o excelente crescimento de sua indústria, nos últimos anos, possa estagnar devido a uma escassez mundial de poli-silício, o principal componente das células fotovoltaicas.
O mercado de energia solar atualmente responde por 1% das necessidades mundiais de energia, e é avaliado em US$ 7 bilhões ao ano, em termos globais. O setor pode elevar essa proporção a 8%, até 2030, de acordo com o European Renewable Energy Council.
Aproveitando os generosos subsídios de alguns governos - especialmente os do Japão e da Alemanha, os dois maiores produtores mundiais de energia solar-, a demanda por painéis que acumulam energia do sol a fim de gerar eletricidade sem emissão de carbono está em alta acelerada.
Mas os preços do silício usado em materiais solares subiram de cerca de US$ 9 por quilo em 2000 para US$ 25 por quilo, no ano passado e US$ 60 por quilo este mês, o que ameaça bloquear o crescimento de um setor que vem se ampliando em 30% a 40% ao ano desde 1997. (O Globo, 14/4)