A volta triunfal do pau-brasil
2005-04-14
O geólogo Norberto Baracuí, 61, está prestes a se tornar o maior doador de mudas de pau-brasil de que se tem notícia na cidade de São Paulo. Dez anos atrás, porém, ele nunca tinha prestado atenção a um único exemplar dessa espécie. – Era apenas uma vaga referência nos livros de história.
Migrante nordestino, ele cursou geologia na USP - depois se tornou um dos fundadores do Colégio Equipe - e sempre teve uma reverência especial pelas árvores. – Vim do sertão da Paraíba. Árvore para mim significava riqueza e sombra. Em seu sítio, numa pequena praia do litoral de São Paulo, fez do plantio seu hobby favorito. Até que, numa de suas viagens ao Nordeste -adoro ir às festas de São João-, ele foi apresentado, por acaso, a um majestoso pau-brasil. – Achei estranho que eu, geólogo, tivesse passado cinco décadas da minha existência sem ter a curiosidade de conhecer essa árvore tão simbólica para os brasileiros. (FSP 13/04)