Celulose Irani de olho nos créditos de carbono
2005-04-14
A Celulose Irani, empresa localizada no município de Vargem Bonita (SC), se prepara para atuar no mercado de créditos de carbono. A companhia colocou em operação uma usina de co-geração em fevereiro, utilizada no processo de produção de papel e para a geração de 7,5 MW de energia elétrica. O diretor superintendente da Celulose Irani, Péricles Pereira Druck, espera que essa usina receba a certificação necessária para começar a vender créditos de carbono em meados deste ano, entre junho e julho.
Druck revelou ainda que o projeto de exploração do mercado de créditos de carbono foi desenhado na época do planejamento da construção da usina, com o objetivo de garantir a viabilidade dos investimentos que teriam de ser realizados. Foram investidos R$ 22,5 milhões para construir a usina, sendo que 70% desses aportes receberam financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio de agentes repassadores (bancos Santander-Banespa, Safra e Banrisul). Os 30% restantes foram feitos com recursos da própria Celulose Irani.
Além de gerar uma economia na compra de energia, a usina de co-geração promoverá a redução da emissão de 3,7 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²) nos próximos 21 anos. A matéria-prima da usina é biomassa, obtida dos resíduos do processo de fabricação de papel e celulose das próprias unidades da Celulose Irani e também adquirida de outras empresas. (Celulose Online, 13/4)