Morcegos e pombos motivam reclamações em Porto Alegre
2005-04-14
Eles estão em todas as partes da cidade, desde a área central até condomínios residenciais. A recente situação de escolas municipais, que tiveram os seus ginásios interditados por causa da proliferação de pombos e morcegos, retomou uma antiga insatisfação da população. A bióloga da equipe de Zoonoses da Vigilância Sanitária Municipal, Maria Inês Bello, explica que o aumento da urbanização propiciou a instalação desses animais, que encontram abrigo e alimento facilmente.
O pombo, ave exótica oriunda da Europa e Norte da África, coloca seus ovos de dois em dois meses. Seus locais preferidos são sótãos e telhados de grandes construções. Mesmo sendo considerada uma praga, o perigo real é das fezes da ave, que podem causar histoplasmose e criptococose. Os ectoparasitas que habitam o corpo dessas aves provocam ainda alergias e dermatites. Segundo ela, não há notificações dessas doenças em Porto Alegre e a prefeitura não realiza gerenciamento dessa fauna. A equipe de Zoonoses da Vigilância Sanitária dá orientações por telefone. A presença de morcegos se dá pelo mesmo motivo: a grande oferta de abrigos. É um animal silvestre, protegido por lei ambiental. Segundo a veterinária da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), Rosana Caldas, o segredo é a prevenção, como evitar espaços maiores de 1,5cm entre telhas e cumeeiras, e colocar caixa protetora em condicionadores de ar. A Smam vistoria os locais e dá orientações, mas o morador retira o animal. (CP, 14/04)