(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-04-14
Empresas madeireiras européias uniram-se ao Greenpeace, WWF e FERN (Rede de Recursos Florestais da Europa) para pedir que a União Européia adote medidas e leis mais rigorosas quanto à importação de madeira ilegal e predatória.

Um documento elaborado pelas três ONGs e assinado por mais de 70 empresas européias foi apresentado ontem (13/4) em uma conferência sobre a iniciativa FLEGT (sigla em inglês para Implementação da Legislação Florestal, Governança e Comércio), organizada pelo Greenpeace, WWF e FERN, no Parlamento Europeu, em Bruxelas. No documento, empresas como B&Q, Homebase and Habitat (Reino Unido), Castorama (França), Ikea e Skanska (Suécia), Unital (União das Indústrias Italianas de Móveis de Madeira), JYSK Nordic (Dinamarca) e Puertas Luvipol (Espanha) pedem regras claras para acabar com a ilegalidade no comércio de produtos florestais.

–Empresas envolvidas com o comércio de madeira ilegal não cumprem padrões ambientais e sociais básicos, que se traduzem em desestabilização dos mercados internacionais, ameaça aos empregos de qualidade e competição desleal. Sem um marco legal claro, empresas que atuam com responsabilidade e querem investir em práticas sustentáveis estarão sempre em desvantagem, afirmou André de Boer, diretor da Federação de Comércio de Madeira da Holanda.

A União Européia é um dos maiores importadores de madeira e produtos derivados, com papel importante no comércio de madeira ilegal e predatória. Boa parte da madeira comercializada já está legalizada quando chega aos países importadores, porém deixam um rastro de ilegalidades nos países produtores - como grilagem de terras, falsificação de documentos, destruição ambiental, evasão fiscal e exploração de trabalhadores, entre outras. –A União Européia deve agir imediatamente, adotando medidas rigorosas para acabar com a madeira de origem criminosa. Além disso, tem a responsabilidade de promover o bom manejo florestal em todo o mundo, afirma Marcelo Marquesini, da campanha da Amazônia do Greenpeace.

A exploração ilegal e predatória de madeira é frequente na Amazônia. Ela contribui para a destruição da biodiversidade e empobrecimento de milhões de pessoas que dependem das florestas para manter seu modo de vida tradicional. As práticas ilegais estimulam conflitos sociais e estão frequentemente associadas ao crime organizado. –Esse tipo de iniciativa sinaliza que, em breve, o mercado europeu estará fechado para as empresas que continuarem desrespeitando a legislação ambiental, fiscal e trabalhista na exploração florestal, diz Marquesini.

Em maio de 2003, a Comissão Européia – órgão responsável pelas políticas econômicas da UE – adotou um Plano de Ação para a Implementação da Legislação Florestal, Governança e Comércio (FLEGT) e submeteu ao seu conselho uma proposta de acordos de parceria voluntária com países produtores. O objetivo é melhorar a governança no setor florestal e implementar um sistema de rastreamento para garantir que apenas madeira legal seja exportada para a Europa. Embora a proposta possa ter um impacto positivo, sob certas circunstâncias, as ONGs e a indústria concordam que apenas a abordagem voluntária é insuficiente para solucionar o problema.

Desde o início de março o Greenpeace realizou várias ações denunciando a chegada de madeira ilegal à Finlândia e Portugal, países que ainda não se comprometeram publicamente com o plano de ação FLEGT da União Européia. As ONGs também ressaltam que a madeira proveniente de desmatamento é tão destrutiva quanto a ilegal e também deve ser contida. Proibir a madeira ilegal na Europa é apenas o primeiro passo para se obter o manejo florestal, conclui Marquesini. (Greenpeace, 13/4)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -