Plantio florestal garante mata nativas, afirma consultor da Caixa RS
2005-04-12
Por Carlos Matsubara
Um dos temores dos ambientalistas no que se refere aos plantios florestais, em especial de eucalipto, é rebatido pelo consultor da Caixa RS, Floriano Isolan. Conforme ele, não há a mínima possibilidade de os plantios florestais virem a substituir mata nativa. Não pelo menos no Rio Grande do Sul, onde a Caixa RS está financiando projetos através de um programa meticulosamente intitulado ProFlora, via BRDE. O executivo garante que, não somente as grandes empresas do setor, mas também profissionais da agronomia e florestal, utilizam de tecnologia de geoprocessamento, o GPS para identificar eventuais derrubadas de mata nativa em prol de eucaliptos, pinus ou acácias. — Nós (Caixa) somente aprovamos projetos com levantamento de área de preservação permanente, através do GPS, diz.
Quanto à fiscalização nas propriedades, Isolan, admite que ainda não há uma fiscalização mais especifica a esse ponto, mas que — seguramente essa fiscalização irá ocorrer e quando isso acontecer, não irão encontrar nenhum absurdo nos plantios florestais.
Vantagem competitiva
Fatores como baixo custo de produção florestal, clima pra lá de propício e uma extraordinária disponibilidade de terras chamam a atenção de investidores externos para o Rio Grande do Sul. — O reflorestamento no Estado não é uma atividade substitutiva, ela é complementar, enfatiza. Conforme Isolan, o pecuarista poderá destinar uma parte da pecuária para fazer sua pequena floresta eucaliptiana. — Levantamentos que a Fundação do Centro de Agronegócios, que é parceira nossa apontam entre 5 a 15 milhões de hectares sub aproveitáveis, afirma o engenheiro agrônomo que se intitula engenheiro ambientalista.