Celulose Irani investe em co-geração de energia
2005-04-12
A empresa Celulose Irani, de Santa Catarina, investiu R$ 22,5 milhões para implantar, em sua unidade de papel e celulose em Campina da Alegria, uma unidade de co-geração de energia elétrica. Através do sistema, a caldeira de vapor de alta pressão possibilitará relevante economia na compra de energia elétrica e aumentará a produção de matéria prima PQM em 8% e 5% na produção de papel. A nova caldeira, de alta tecnologia, abolirá o uso de óleo e lenha das caldeiras antigas.
O projeto de CDM (Clean Development Mechanism) foi desenvolvido pela empresa Ecosecurities (escolhida por três anos como a melhor consultoria de gás de efeito estufa pela Environmental Finance Mazagine) e vai usar gerador com tecnologia 100% nacional. —O projeto de Geração de Energia Renovável da empresa teve financiamento parcial do BNDES, através dos agentes repassadores, Bancos Santander-Banespa, Safra e Banrisul, explica Odivan Cargnin, Diretor Administrativo e Financeiro da Irani.
A Divisão Papel da Celulose Irani S.A., possui hoje nove unidades geradoras de vapor (caldeiras), entre elas duas unidades de biomassa que geram 4,8 MW e duas hidroelétricas de pequena escala que geram 9,7 MW, totalizando 56% da eletricidade consumida na fábrica. Os outros 44% de energia elétrica são comprados das Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC).
O Projeto de co-geração se baseia na desativação de sete caldeiras (as mais antigas), e reduzirá, no curto prazo, a energia elétrica comprada e cessará, definitivamente, o consumo de 700 toneladas/mês de óleo BPF (combustível não renovável). Da mesma forma, ficam criadas as condições para expansão da fábrica no médio e longo prazo. A nova caldeira, com capacidade de 90 toneladas/h de vapor, leva a biomassa como combustível, aproveitando resíduos do processo de celulose e papel e também adquirida de terceiros. Para a IRANI haverá redução potencial da emissão de 3.702.046 mil toneladas de carbono (CO2) em 21 anos.