Manifestantes estão pedindo um boicote ao Canadá para impedir o que já se tornou uma imagem comum nesta época do ano. Caçadores matam focas com porretes, e o sangue delas cobre de vermelho a neve. É uma imagem que provoca fortes protestos. Mas, para os homens que participam dessa temporada de caça, é uma tradição que já dura 150 anos.
Neste ano, os adversários da caça às focas estão fazendo uma pressão maior sobre o governo canadense. A Sociedade Humanitária Americana está convocando um boicote a produtos da indústria pesqueira canadense, que movimenta bilhões de dólares.
Outro adversário antigo da caça a focas, o Fundo Internacional para o Bem-Estar dos Animais (Ifaw, na sigla em inglês), está enviando observadores para áreas onde a caça vai continuar até o fim de maio. Já houve confrontos entre manifestantes e caçadores. Nos primeiros dias da temporada de caça, alguns ativistas já foram presos. O Ifaw, juntamente com outros grupos, está determinado a documentar o que chama de maior massacre comercial de mamíferos marinhos do mundo.
A diretora canadense do Ifaw, Phyllis Campbell-McRae, disse que a caça é bárbara e cruel. Roger Simon, coordenador governamental da temporada de caça, insiste que atualmente a caça é humana e cita um estudo da Associação de Veterinários Canadenses que diz que há um sofrimento mínimo para os animais.(Eco Agência, 11/4)