Colonos vão à Amazônia em busca de terras baratas para pecuária extensiva
2005-04-11
O pecuarista André Schmidt chegou em Apuí, na Amazônia, há um ano, vindo de Maravilha, em Santa Catarina. Junto com três famílias do oeste catarinense, decidiu investir na criação de gado e comprou 280 hectares de terra – ou de pasto, como prefere dizer, porque terra pública não se vende. Lá, segundo Schmidt, cada alqueire custou R$ 8 mil reais, enquanto em sua cidade natal, o alqueire não sairia por menos de R$ 30 mil.
A Constituição Federal estabelece que o governo pode distribuir a particulares lotes de até 2.500 hectares, mas uma norma técnica do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) fixa o limite de 100 hectares para a Amazônia Legal. Mesmo assim, casos como o de Schmidt são comuns. O pecuarista José Pinto Sobrinho, por exemplo, ocupa irregularmente 300 hectares de terra dentro do projeto de Assentamento Juma, o maior da América Latina, onde cria 800 cabeças de gado. (Agência Brasil, 8/5)