A busca por novas fontes de energia renováveis e não poluentes vem crescendo no País, e o governo está estudando uma maneira de popularizar o Biodiesel, conhecido como combustível verde, produzido a partir de óleos vegetais. Segundo o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Francelino Grando, a meta é garantir não somente a implantação do Programa Nacional do Biodiesel com suas vertentes ambiental, energética e econômica, mas também focar a inclusão social, garantindo emprego e renda.

A entrada do biodiesel no mercado nacional vai permitir a redução da importação do diesel. O Brasil consome por ano 37 bilhões de litros de diesel, dos quais 6 bilhões de litros são importados, ao custo anual de US$ 1,2 bilhão. — O Biodiesel vai fomentar a criação de empregos no meio rural, por meio da agricultura familiar, e desenvolver a indústria nacional de pesquisa e equipamentos, acredita Grando. Estima-se que a participação dos agricultores na produção de matéria-prima para o biodiesel permitirá a geração de renda adicional de cerca de R$ 93 milhões por ano, para o total de famílias envolvida. — Isso por si só já justificaria social e economicamente a adoção do biocombustível, diz.

Mistura a cargo das distribuidoras
A mistura ficará a cargo das distribuidoras em todo território nacional e sua distribuição se dará em postos próximos às áreas de produção. — Na mistura de 2% não há qualquer perda. Nem são necessárias quaisquer adaptações nas máquinas, conforme avaliação da própria Associação Nacional de Veículos, a Anfavea, explica. Os testes também mostram a mesma eficiência em relação à mistura de 5%.