EPA suspende testes de pesticidas na Flórida
2005-04-11
O administrador em exercício da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), Stephen L. Johnson, disse, na sexta-feira (8/4), que estava cancelando um estudo a respeito dos efeitos de pesticidas em bebês e crianças, um dia depois que senadores democratas bolqueariam sua confirmação ao estudo, caso a pesquisa prosseguisse.
O porta-voz da EPA, Rich Hood, informou que Johnson cancelou os testes devido às objeções a que fossem confirmados. Porém, explicou que a oposição política não foi a única razão para o cancelamento. –O Sr Johnson disse, em um encontro, nesta manhã, que, independentemente da confirmação, ele colocou sérios questionamentos sobre se este estudo era apropriado, disse. Um grupo de pesquisadores, do Grupo de Pesquisa de Exposição Ambiental de Crianças (CHEERS), ofereceu US$ 970, uma câmera de vídeo., babadores e uma camiseta a pais cujas crianças (mesmo bebês) ficassem expostos a pesticidas, se os pais completassem dois anos de pesquisa. Os requisitos para a participação foram dirigidos ao condado de Duval, na Flórida, para bebês abaixo de três meses ou de 9 a 12 meses de idade. Essas crianças deveriam ficar expostas a pesticidas rotineiramente espalhados por suas casas.
O estudo seria pago pelo Conselho de Química da América, grupo comercial que congrega fabricantes de pesticidas.
Em entrevista, sexta-feira (8/4), o senador Bill Nelson, da Flórida, um dos dois democratas que disse que bloquearia a confirmação do projeto, afirmou que o estudo equivale a usar crianças como porcos. Ele acrescentou que o estudo visa a recrutar sujeitos de vizinhanças pobres, oferecendo compensações a sus pais por práticas potencialmente perigosas às suas crianças. (NY Times, 9/4)