A poluição do ar no norte do conselho de Leiria, em Portugal, provocada por duas empresas de celulose da Figueira da Foz, diminuiu muito nos últimos anos, segundo dados de monitoramento ambiental divulgados ontem (7/4). As informações da Estação de Monitoramento Ambiental da Qualidade do Ar indicam que os valores emitidos pelas duas fábricas de pasta de papel são muito baixos. Uma das causas da poluição, especialmente do mau cheiro, é a produção de óxido de enxofre, gás que causava grandes incômodos às populações vizinhas das fábricas.

–As coisas melhoraram muito ao longo das duas últimas décadas e o mau cheiro que se sentia diminuiu imensamente, revelou Paulo Pedro, presidente da Junta do Coimbrão, na visita realizada ontem por uma comitiva governamental à única estação de monitoramento do ar que abrange a zona Centro Litoral, incluindo os distritos de Leiria, Coimbra e parte de Aveiro.

A estação, junto da Lagoa da Ervedeira, monitora a qualidade do ar em parâmetros tão diversos como o ozônio estratosférico, partículas, radiações, anídrico sulfuroso ou óxido de enxofre. Caso os valores ultrapassem o previsto, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Centro (CCDRC) lança um alerta às autarquias e à Proteção Civil para avisar as populações dos riscos. O maior problema que se verifica é o ozônio, que, nos dias de maior calor, atinge níveis muito elevados. (Ecosfera, 7/4)