Dragagem do Gravataí é uma novela, diz colunista
2005-04-07
Novela I
A dragagem do rio Gravataí, nas proximidades da ponte da BR-116, é uma novela mais complicada do que se imaginava. Depois de críticas de Wilen Manteli, da Associação Brasileira de Terminais Portuários, e Fernando Becker, do Sindicato da Navegação, segundo os quais a navegação vai parar por falta de calado, e a resposta da Fepam que não é ela que está impedindo a dragagem, o diretor da Superintendência de Portos e Hidrovias, Daniel Lenna Souto, acrescentou seus capítulos à novela.
Novela II
Primeiro, explicou Souto, foi necessário conseguir a licença da Fepam. Obtida esta, foi preciso encontrar lugar para depositar o material retirado do rio, já que, por seu conteúdo poluído, não pode ser jogado nas margens. Aí, o órgão ambiental proibiu colocá-lo em área do Delta do Jacuí. Foi necessário, então, conseguir área emprestada e construir uma piscina para que a Fepam analisasse o material. Conseguido isso, foram autuados pela SMAM – meio ambiente municipal -, que proibiu a movimentação do material. A dragagem parou.
Novela III
Conseguida nova área, ainda não foi possível recomeçar a dragagem porque a licença da Fepam para mexer no rio durava um ano e expirou. Será precico obter outra... Quanto à informação da ABTP de que os armadores já pagaram mais do que o necessário para custear a dragagem, Lenna Souto explica que o dinheiro é usado em todos os 74 km de canais entre Porto Alegre e Rio Grande e não só no Gravataí. (JC, 14)