Livro aponta potencial do turismo ecológico no Rio Grande do Sul
2005-04-07
Falta de pessoal, infra-estrutura limitada, vias de acesso em mau estado de conservação, situação fundiária e Planos de Manejo em estágio inicial ou inexistentes são alguns dos obstáculos para o desenvolvimento do Ecoturismo em seu espaço mais nobre, os parques e florestas nacionais, estaduais e municipais. Mais que isso, fragilizam a preservação ambiental a que essas Unidades de Conservação (UC) se propõem, já que ficam expostas ao uso do ambiente sem o cuidado necessário a proteção a esse patrimônio natural. - A principal matéria-prima do Ecoturismo são as Unidades de Conservação e esse é o grande ponto de estrangulamento no Estado - informa Álvaro Machado, que há doze anos coordena o programa de Turismo e Meio Ambiente, da Secretaria de Estado do Turismo do Rio Grande Sul, e na semana passada (22/03) lançou o livro Ecoturismo: um produto viável, pela editora Senac. – Uma das finalidades dos parques é a educação ambiental e a visitação pública. É improvável garantir a integridade dessas áreas sem que se forme um grupo de usuários que as conheça e as respeite, entendendo seu valor e se dispondo a defendê-las de usos equivocados - complementa.
Em linhas gerais, Machado caracteriza o Ecoturismo em sua obra como a atividade turística que ocorre em áreas naturais preservadas; exige cuidados e conhecimento profundo do local, o envolvimento da comunidade e permite a presença de grupos reduzidos de um público preocupado com as questões ambientais e cujos programas tenham mínimo de impacto nas áreas onde forem realizados. A realidade mostra que viabilizar um projeto sustentável, em especial, quando envolve parques e florestas passíveis de visitação, é uma tarefa cujo êxito depende do grau do comprometimento de todos os atores, com vontade política, recursos, participação da população e responsabilidade ambiental. (Eco Agência, 06/04)