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2005-04-06
O Greenpeace publicou em Berlim (no dia 4/4), o relatório Eólica Offshore – sugerindo a implementação de uma nova fonte energética para a Europa. Ele é um plano estratégico que demonstra como as usinas de energia eólica offshore serão capazes de fornecer cerca de 10% da demanda de eletricidade européia até 2020. O relatório é uma ferramenta técnica na corrida para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e também explicita a urgência de ações políticas, técnicas e ambientais para construir centrais elétricas que convivam em harmonia com o meio ambiente.

O relatório discute a necessidade de integrar as usinas eólicas offshore com a matriz energética européia. De acordo com o documento, uma das partes críticas da solução para o abastecimento na Europa será integrar 70 mil MW, que serão gerados nos parques offshore, - equivalente a 70 usinas de carvão – ao quadro atual de eletricidade. Isso vai exigir uma grade de energia como ainda não existe até o momento.

— As mudanças climáticas são a maior ameaça que enfrentamos. Isso representa um desafio chave que precisa ser superado por tecnologias ambientalmente saudáveis e competitivas que ajudem a vencer o aquecimento global. Planejamento e preparação precisam começar agora se nós queremos garantir a construção de um painel de eletricidade no mar. Nós insistimos para que os governos apoiem o planejamento e a construção de estações de energia de vento costeiro nas águas da UE, diz Sven Teske, especialista em energia do Greenpeace Internacional.

A Europa enfrentará uma profunda transformação de seu sistema de energia nas próximas décadas e os governos e as empresas estatais vão decidir sobre a próxima geração de usinas, substituindo combustíveis fósseis por energias renováveis e aumentando intensamente a eficiência da energia. O relatório do Greenpeace, que foi escrito por Deutsche WindGuard GmbH, mostra que a energia eólica é uma parte fundamental da solução. — Os governos europeus têm que redirecionar subsídios de projetos de energia fóssil e nuclear para a implementação de energia eólica. Esses primeiros projetos com vento costeiro são necessários para impulsionar o potencial de redução de custos dessa nova tecnologia. O tempo está passando e a infra-estrutura precisa estar pronta até 2015, conclui Teske.

O Greenpeace exige a adoção de alvos ambiciosos a longo prazo para fontes de energia renováveis e para a diminuição do consumo de energia. Todos os subsídios de combustíveis fósseis e nucleares na UE e nos Estados membros devem ser retirados e redirecionados imediatamente para energias renováveis.

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