Termelétricas ampliam geração de energia
2005-04-06
O Rio Grande do Sul está importando menos energia no mês de abril. Depois de atingir uma média de 70% de transferência de energia, devido ao baixo nível dos reservatórios de água que abastecem as usinas gaúchas, o índice de importação do Estado nos primeiros quatro dias de abril está em 45%, muito próximo da média anual, que fica ao redor de 35 a 40%.
Atualmente, a produção hídrica de energia responde por 31%, diante de 69% de térmica. Em março, a geração de energia própria do Estado se dividiu entre hídrica e térmica. A usina a carvão Presidente Médici, em Candiota, passou de uma geração média de 240 megawatts (MW) em março para 330MW em abril. A usina a gás de Uruguaiana aumentou sua produção média de 60MW no mês passado para 220MW agora.
– Ainda mantemos a geração mínima de nossas usinas hidrelétricas para ajudar na recuperação dos reservatórios, explica o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres. Segundo ele, as temperaturas mais amenas dos últimos dias fizeram o consumo de energia cair de uma média de 3.100MW em março para 2.650 MW nos primeiros quatro dias de abril. – A tendência agora é de uma rápida recuperação das bacias que abastecem as nossas usinas, completa Andres.
A bacia Uruguai, que abastece as maiores usinas do Estado, Itá e Machadinho, é um exemplo dessa recuperação. Machadinho, várias vezes ameaçada de paralisar a geração de energia devido ao baixo nível do reservatório, passou de 7% (em março) de acumulação de água para 55% (na segunda-feira, dia 4 de abril). Itá passou de 34% para 68% de acumulação. A geração de Machadinho subiu de 220MW para 260MW (23% da sua capacidade). Itá, que estava gerando 180MW, está produzindo 800MW (55% da sua capacidade). (JC, 5)