Oficiais têm preconceito contra alimentos orgânicos na Inglaterra
2005-04-04
Oficiais britânicos que realizam controle de alimentos devem rever suas políticas controversas a respeito de alimentos orgânicos e geneticamente alterados, concluiu uma pesquisa realizada por entidades do próprio governo.
A pesquisa, realizada em celebração ao 50º aniversário de fundação da Agência de Padrões de Alimentação (FSA), deixa claro que seu suporte a alimentos geneticamente alterados e seu ataque a produtos orgânicos têm causado a difusão de perda de confiança em seus julgamentos e na sua independência.
Esta conclusão abre um conflito porque a revisão – feita pela baronesa Brenda Dean, a convite da agência – é notavelmente simpática aos observadores.
A revisão tem sido crítica para a agência. A FSA tem sido uma das maiores proponentes dos alimentos geneticamente alterados – amplamente rejeitados pelo público britânico – que concentra seu poder de fogo em alimentos orgânicos, cujas vendas estão explodindo. A entidade repetidamente recusa-se a atender a requerimentos de ministros para voltar atrás em diretivas do governo de promover o cultivo livre de substâncias químicas.
Após entrevistas com 129 representantes de partes interessadas – incluindo ministros do governo, do Ministério Público e integrantes da Câmara dos Lordes, todos representantes da indústria de alimentos e consumidores e grupos de saúde pública – o relatório conclui que a percepção da ampla maioria foi que a agência desviou-se de sua instância normal de fazer avaliações baseadas apenas em evidências científicas para dar a impressão de falar contra os alimentos orgânicos e em favor dos alimentos geneticamente alterados.
Isto faz com que os observadores tenham agora que revisitar as duas áreas, de modo que contemplem e direcionem os interesses e preocupações dos consumidores. O diretor de Política da Associação Solo, Peter Melchett, disse: –Finalmente, os preconceitos da agência foram expostos por seu próprio questionamento. (The Independent, 03/04)