MOZARILDO PEDE MAIOR CONTROLE DA AMAZÔNIA PELAS FORÇAS ARMADAS
2001-09-03
O senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) cobrou do governo um maior controle da região amazônica pelas Forças Armadas, com o objetivo de combater com eficácia a exploração predatória dos recursos naturais, o contrabando e o tráfico de drogas. Ele também recomendou às bancadas da região no Senado e na Câmara que se unam em defesa da Amazônia, a fim de resguardar os verdadeiros interesses brasileiros na área. - O governo brasileiro, por intermédio das Forças Armadas, não pode ser substituído pelas organizações não-governamentais, que em larga escala vêm atuando sem o devido acompanhamento por parte dos órgãos de Estado com legitimidade e poder para fiscalizar, retificar e, prontamente, coibir, quando for o caso, ações que ultrapassem as competências das ONGs, alertou o senador. Para Mozarildo, a Amazônia continua a ser tratada com omissão por seguidos governos, apesar de a região ser uma das mais ricas do país. Mais recentemente, observou, a questão da internacionalização da Amazônia passou a ser suscitada, o que vem preocupando aqueles que, como ele, desejam uma Amazônia para os brasileiros, gerida e liderada tomando-se por base o que chamou de preservação inteligente, que prevê o desenvolvimento das atividades econômicas sem danos ao ecossistema. Mozarildo criticou a demora na implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e, com relação à atuação das Forças Armadas na região, informou que o Exército, por exemplo, tem apenas 22 mil homens na área, o que representa 12% do efetivo. A Aeronáutica, acrescentou, possui 7.586 homens, enquanto a Marinha 4.098. - São números medíocres para um verdadeiro controle eficaz da Amazônia, sentenciou. Na mesma ocasião, Mozarildo pediu a transcrição, nos Anais do Senado, de matéria publicada na revista Veja, intitulada A floresta dá dinheiro, assinada pelo jornalista Leonardo Coutinho. Para o senador, a reportagem retrata as riquezas da Amazônia e o que a região pode oferecer de bom para o país.