Um presente regional para a atual e as futuras gerações de todas as espécies de vida. Foi assim que os ambientalistas do Médio Vale receberam a notícia da suspensão da liminar que havia tornado sem efeito o decreto presidencial que criou o Parque da Serra do Itajaí. A presidente da Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) e pesquisadora florestal da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Lúcia Sevegnane, destacou que a criação do parque vai permitir principalmente a preservação dos mananciais de água. Ela citou a seca que castiga o Oeste catarinense, Rio Grande do Sul e Paraná como um exemplo da falta de preservação. Um estudo feito pela pesquisadora aponta que 98% das áreas atingidas pela estiagem nos três Estados do Sul estão com apenas 20% da cobertura original. A ambientalista calculou de 500 mil pessoas da geração atual, sem contar com as futuras, serão beneficiadas com a preservação da vida no Médio Vale Sevegnane e os ambientalistas do Médio Vale aguardam com expectativa o processo a ser desencadeado pelo Ibama para a formação do sistema de gerenciamento do parque. O Parque Serra do Itajaí envolve uma área de 57 mil hectares, que atinge nove municípios do Médio Vale do Itajaí.(A Notícia, 30/03)