Na última segunda feira, o navio da marinha equatoriana interceptou o navio da Sea Shepherd, Ocean Warrior, que chegou ao Equador para abastecer o navio patrulha da Organização Sirenian, que está desde o começo do ano atuando em parceria com o Parque Nacional de Galápagos. Durante este período, o Sirenian já apreendeu sete navios pesqueiros ilegais pegos em flagrante na reserva de Galápagos, além de descobrir e divulgar a corrupção que toma conta da marinha equatoriana, da marinha mercante e as respectivas ligações destas instituições com o poderoso setor pesqueiro do país. Em virtude desta corrupção, os sete navios apreendidos pelo Sirenian, da Sea Shepherd, foram liberados sem que fossem punidos conforme exige a legislação. Neste momento, o navio Ocean Warrior está apreendido e vigiado por dois navios militares, um deles armado com mísseis. Dois militares estão a bordo do Ocean Warrior, impedindo o abastecimento e a entrada ou saída de pessoas do navio. - Claramente, o que eles estão querendo é dificultar as ações da Sea Shepherd no local, por ter se mostrado eficiente demais em apreender embarcações ilegais. Desta forma, eles estão dizendo que nossos documentos não estão em ordem, disse o Capitão Paul Watson. - Segunda feira eles disseram que teríamos que sair em 48 horas. Depois, colocaram o navio e a tripulação sob prisão temporária. Enquanto isso, o Major de Puerto Ayora, a população local e o Serviço do Parque Nacional de Galápagos, que ajudaram a pressionar o Governo do Equador à aceitar o suporte da Sea Shepherd na fiscalização do Parque, estão promovendo um abaixo assinado para liberar o navio Ocean Warrior e permitir que o mesmo abasteça o Sirenian. - Estamos mobilizando nossos voluntários ao redor do mundo para enviarem cartas à Embaixada do Equador em seus países, continuou Paul. Segundo o Capitão Paul Watson, o Equador possui os navios, os helicópteros e as pessoas necessárias para acabar com a pesca ilegal, mas não o faz por falta de vontade política. Na semana passada, o navio Ocean Warrior estava na Costa Rica e apreendeu, em conjunto com a Patrulha Ambiental, um barco pesqueiro equatoriano, pescando ilegalmente nas águas do Parque Nacional da Ilha de Cocos.