Conama abranda regras para destinação de resíduos hospitalares
2005-03-31
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) definiu no dia 29 que os hospitais e centros de saúde não precisarão mais tratar todos os resíduos sanitários produzidos no tratamento de pacientes. Atualmente todos os resíduos hospitalares precisam ser incinerados. A mudança na definição, de acordo com o Conama, vai diminuir os custos dos hospitais e racionalizar o descarte de resíduos, já que nem tudo tem potencial de contaminação.
A resolução original, que vigorava determinava que todos os resíduos biológicos do chamado grupo A - que incluíam bolsas de sangue para transfusão vazias e filtros de ar - precisavam ser descartados em locais especialmente tratados ou incinerados. Agora o Conama considerou que, por não ter potencial para contaminação, não precisam mais disso, podendo apenas ser descartados em locais seguros. Os resíduos ainda precisarão ser descartados em locais especiais, mas sem incineração ou tratamento de alto risco.
A avaliação do Conama é que a diminuição do lixo que precisa ser tratado ajudará especialmente os municípios menores, de até 30 mil habitantes, que hoje enfrentam dificuldades para ter aterros sanitários adequados. Os hospitais, laboratórios e serviços de saúde que produzem resíduos terão até dois anos para se adequar às novas exigências. Os órgãos estaduais e municipais de meio ambiente farão a fiscalização. (Informativo, 30/03)