O parecer definitivo sobre a instalação de uma pequena central hidrelétrica (PCH) no Rio das Bruacas, em Corupá, está adiado até, pelo menos, o início do Inverno. A informação é do engenheiro civil Ney Clivati, sócio-gerente da Corupá Energia Ltda. e maior interessado no desenlace do problema.

De acordo com o engenheiro, sua empresa está empenhada em cumprir as determinações da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) acerca dos estudos complementares, mas dois pontos exigirão atenção especial: o cálculo das vazões médias mensais dos três rios envolvidos no projeto e o levantamento detalhado da fauna e da flora com ênfase em espécies endêmicas e em extinção.

– O ofício exige que se leve em conta a sazonalidade das espécies, por isso, teremos que produzir um levantamento abrangendo duas estações do ano. Somente no Inverno poderemos cumprir as exigências - explica Ney Clivati. A exigência que demandará mais tempo foi incluída no relatório da Fatma pela bióloga Mariane Murakani, integrante da equipe multidisciplinar que reavaliou as licenças obtidas pela Corupá Energia Ltda.

A bióloga considerou o relatório ambiental simplificado, produzido inicialmente pela empresa, muito bibliográfico.

Os políticos de Corupá tentam entender a questão. Para auxiliá-los, a presidente da Câmara de Vereadores, Bernadete Willbrecht, convidou o ex-diretor técnico da Eletrosul, Carlos Roberto Gallo, para uma palestra na cidade, no sábado. (Diário Catarinense 29/03)