Famílias catarinenses trocam abastecimento da Casan
2005-03-29
Engana-se quem pensa que não é possível encontrar nascentes intactas em Criciúma, município pólo da região carbonífera catarinense. Na porção Oeste da cidade, mais de mil famílias trocaram a água fornecida pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) pelo líquido captado em diversas nascentes. A poucos metros do centro da cidade, escondidos em meio a um pequeno trecho de mata atlântica, diversos córregos surgem em meio a rochas e se unem formando o rio Criciúma, que no passado ajudou a dar origem à cidade.
- As nascentes estão preservadas com água pura, tanto que muitas famílias que vivem nas redondezas usam a água para abastecerem suas casas. Porém, aos poucos o rio vai recebendo todo tipo de poluição e morre - afirma a ambientalista e fiscal da Fundação do Meio Ambiente (Fatma). Situação semelhante é enfrentada pelo rio Sangão. Próximo das nascentes, em Siderópolis, a água é transparente, porém, no seu curso o rio ganha outra cor. A água vermelha denuncia a contaminação pelos rejeitos das minas abertas para a extração de carvão. (A Notícia, 28/03)