O professor inglês radicado no Brasil Andrew Simpson coordena várias projetos de pesquisa, entre eles o projeto Genoma Humano do Câncer e Projeto Genoma. Ele veio a Porto Alegre para dar uma conferência sobre o assunto na UFRGS. Simpson afirmou, em entrevista, que o conhecimento do genoma está se tornando uma atividade central. Na biologia, ao longo do tempo, e num futuro curto, tudo vai ser ligado ao genoma. Em cinco anos, todo mundo fará pesquisas que, de uma maneira ou outra, se associarão com o genoma. A grande vantagem é o salto de qualidade na pesquisa, acessando tecnologia e toda a revolução na ampliação da informática em biologia. A ciência, além de ser uma atividade que gera informação, tem que ser uma atividade que ajude, diretamente, no desenvolvimento do país. A grande falha na ciência brasileira é que ela não está presente dentro de instituições privadas. Por exemplo, o genoma humano foi seqüenciado e o Brasil não foi convidado a fazer parte disso. Mas, a próxima etapa da investigação do genoma humano, vai se juntar todos os genes humanos e colocar numa fórmula que produza a proteína. Nesse processo, o Brasil será o único país a participar, juntamente com Estados Unidos e Europa. Quanto ao projeto genoma câncer, em São Paulo, houve uma aplicação de técnicas conhecidas em uma área um pouco diferente. Coisa que ninguém fez até o momento. Mas é inédito um país como o Brasil ter a coragem de entrar na área mais competitiva do mundo. Houve uma abordagem de seqüenciamento de genes expressos de uma forma um pouco diversa da desenvolvida no Brasil, permitindo um conhecimento diferente do resto do mundo do genoma humano.(Jornal da universidade UFRGS/6)