Reunião avalia situação de carroças em Porto Alegre
2005-03-24
Porto Alegre tem cerca de 10 mil carroças circulando em suas ruas e avenidas, sendo 4 mil cadastradas. Além de atrapalharem o fluxo de trânsito, a atividade irregular de coleta de lixo é considerada uma das causas da queda na quantidade de material que chega aos 14 galpões de reciclagem, de 65 para 35 toneladas por dia. Ontem, integrantes do comitê na prefeitura responsável por encontrar alternativa aos carroceiros se reuniram na sede do DMLU para discutir ações.
O objetivo é definir uma política municipal que abrangerá ainda o bem-estar animal. Entre as medidas de médio prazo está a duplicação do número de galpões de reciclagem. Também está prevista a regionalização desses locais para evitar a grande quantidade de carroças circulando pela cidade, em especial nos horários de pique. Segundo o diretor-geral do DMLU, Wilton Araújo, - o desestímulo à coleta seletiva nos últimos anos e o avanço dos irregulares têm prejudicado quem é cadastrado. O plano estará voltado também aos carrinheiros, que cada vez se expandem mais pela cidade.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, destacou a necessidade de aproveitar os dias de coleta seletiva para identificar os carroceiros. O projeto piloto de construção de um galpão perto da ponte do Guaíba já foi elaborado na Câmara. O local abrangeria em especial os que vivem da atividade nas ilhas. Moesch enfatizou a importância de convencê-los a trabalhar por meio de cooperativas. O plano a ser elaborado estará voltado também a animais de rua da Capital, estimados em 300 mil. A intenção é ampliar o número de esterilizações e estimular feiras como as da Redenção. (CP, 18)