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2005-03-24
Uma medida cautelar da Justiça Federal, concedida pelo juíz federal Ricardo Mandarino, impediu ontem a interdição da ponte sobre o rio São Francisco na BR 101, entre as cidades de Propriá (SE) e Porto Real de Colégio (AL), entre os dois estados nordestinos, numa manifestação, no Dia Mundial da Água, contra a transposição do São Francisco. Sob a ameaça de pagar multa de R$ 1 mil para cada pessoa que tentasse impedir o tráfego, a manifestação foi realizada às margens da rodovia, com a presença de deputados, prefeitos e representantes da sociedade civil organizada. As duas comitivas se encontraram na ponte por volta das 10h da manhã e a manifestação durou até o início da tarde.

A Assembléia Legislativa de Alagoas transferiu a sessão plenária, que seria realizada em Maceió, para o local, mas apenas cinco deputados compareceram. Em caráter de sessão especial, a solenidade foi considerada um ato simbólico, na cidade de Porto Real de Colégio, contra o projeto proposto pelo governo federal. O prefeito da cidade de Propriá, Luciano Nascimento (PFL), avaliou que a manifestação foi positiva, apesar da ordem judicial. Cerca de duas mil pessoas participaram do ato.

– Se conseguíssemos fechar a BR, teríamos maior visibilidade. Mas, por outro lado, poderíamos causar muitos transtornos e incômodo a motoristas e viajantes, comentou. De acordo com ele, a manifestação foi válida devido ao grande número de lideranças e representantes públicos não apenas da região, como dos dois estados. – Foi válido pela visibilidade que a manifestação obteve, disse o prefeito.

Presidente da Associação de Prefeitos do Baixo e do Vale do São Francisco, Luciano Nascimento criticou a posição do governo federal. – Nós temos um presidente que faz parte de um grupo que cresceu politicamente fazendo manifestações e atos públicos. É, no mínimo, um paradoxo esta proibição, declarou. O prefeito referiu-se a manifestações populares que freqüentemente fecham o trecho da rodovia, antes promovidas pelo PT. Nos últimos três anos, foram cinco interdições à ponte, todas realizadas por populares.

De acordo com Nascimento, os estados de Sergipe e Alagoas têm fortes motivos para serem contra o projeto de transposição proposto pelo governo federal. – O governo passa a informação de que, a partir da hidroelétrica de Xingó, o rio é tratado como algo insignificante, disse. O prefeito lembrou que, a partir deste ponto, o São Francisco ainda é responsável pelo abastecimento de água de mais de 80% dos estados de Sergipe e Alagoas. – São estados que dependem quase exclusivamente desta água.

Para o representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, Anivaldo Miranda, a manifestação foi uma resposta muito boa dos dois estados à tentativa do governo federal de fazer publicidade do projeto de transposição. – O governo financia uma propaganda baseada na desinformação em todo o país e, mesmo assim, não está conseguindo impedir que a mobilização popular contra o projeto cresça cada dia mais, disse ele, que também é ex-secretário de Recursos Hídricos de Alagoas. – Se o projeto for levado adiante, será um golpe de morte do governo federal à economia de Sergipe e Alagoas, será um processo de discriminação deveras contra estes dois estados.

O ambientalista comentou ainda que a reação do governo federal foi repudiada pelos manifestantes. – Nos dirigimos para lá para fazer uma manifestação pacífica, nosso propósito foi apenas chamar a atenção do governo, disse. De acordo com ele, um grande contingente da polícia rodoviária e da polícia federal esteve presente no local, inclusive à paisana, filmando os manifestantes presentes. – O governo está equivocado em suas estratégias, disse.

Mesmo com todo empenho do governo federal, o ato público conseguiu reunir representantes de diversos partidos, inclusive do PT, como a deputada estadual de Sergipe, Ana Lúcia (PT). – Este não é um momento de ações partidárias, é a hora de defendermos os interesses do São Francisco, afirmou o prefeito Luciano Nascimento. A Assembléia Legislativa de Sergipe reúne no dia 30, às 14h30, a Comissão Interparlamentar em defesa do Rio São Francisco, com deputados dos cinco estados da bacia, para definir as próximas ações a serem adotadas. (Correio da Bahia 23/03)

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