Pulverização em transgênicos afeta abelhas e pássaros
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transgênicos
2005-03-24
O maior estudo já feito sobre o impacto de lavouras de transgênicos sobre a vida selvagem concluiu que pássaros e abelhas desenvolvem-se melhor em campos de colza naturais do que em campos de colza transgênica, afirmaram cientistas. A colza é uma planta que serve como forragem para carneiros e como fonte de óleo combustível.
Mas os pesquisadores ressaltaram que isso aconteceu não pelo fato de as sementes oleaginosas serem transgênicas e, sim, pela forma como os agrotóxicos foram aplicados. Grupos ambientalistas, no entanto, ficaram horrorizados com o estudo, realizado na Grã-Bretanha. –Esses resultados são mais um duro golpe para a indústria da biotecnologia. Cultivar sementes de colza transgênicas teria um impacto negativo na vida selvagem, afirmou Clare Oxborrow, da ONG Friends of the Earth (Amigos da Terra). A experiência foi a última de um teste em quatro fases da controversa tecnologia – a maior do mundo sobre trangênicos. A iniciativa custou US$ 9,5 milhões.
Os pesquisadores afirmaram que, apesar de as lavouras transgênicas possuírem menos borboletas e abelhas, a diferença não se deu ao fato de elas serem geneticamente modificadas, mas sim à maneira como são pulverizadas. Em outubro de 2003, a mesma pesquisa governamental mostrou que a pulverização de beterrabas transgênicas prejudicava significativamente mais o meio ambiente do que a pulverização convencional. As empresas de biotecnologia, porém, insistem que os cultivos são seguros. Apesar de todo esse otimismo, os transgênicos ainda enfrentam forte resistência na Grã-Bretanha, a ponto de não haver nenhum pedido de aprovação de novas sementes geneticamente modificadas.(Portal Gaya, 23/3)