Tratar esgoto deve ser prioridade no RS
2005-03-23
Em uma realidade em que apenas 50% das economias do Estado têm rede coletora de esgoto e 10% é tratada, integrantes dos governos estadual e municipal e de entidades relacionadas a recursos hídricos discutiram ontem a necessidade de melhorar esses indicadores. O encontro Diálogos da Cidade teve como tema Água e responsabilidade social, promovido pela prefeitura. Segundo o secretário estadual de Obras e Saneamento, Frederico Antunes, 90% dos dejetos vão parar nos mananciais. As ações para reverter essa situação dependem de recursos financeiros, que serão provenientes do Fundo Estadual de Saneamento, ainda não criado. A idéia de secretários da área de todo o país é fazer com que o governo federal inclua no plano nacional a possibilidade de buscar verba de fundos de desenvolvimento regional, saúde e combate à pobreza. O professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Ufrgs Antônio Eduardo Lanna enfatizou que a falta de saneamento está prejudicando a saúde da população. O diretor-geral do Dmae, Flávio Presser, expôs a preocupação com a possibilidade de a captação do Guaíba ser suspensa no futuro. Se a situação não melhorar haverá necessidade de buscar água na foz do Jacuí para as novas gerações. - O Guaíba não suporta mais a carga de poluição - disse. (CP, 9)