Ex-secretário faz apelo para salvar Pró-Guaíba
2005-03-23
Um dos pais do Pró-Guaíba, o ex-secretário de Planejamento Telmo Magadan, apelou por um esforço do governo do Estado para salvar o programa. Em reportagem publicada ontem, Zero Hora revelou que o Piratini não pretende renovar o convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que permitiria a execução da segunda fase do projeto, o maior na área de saneamento ambiental já realizado no Rio Grande do Sul. O motivo da desistência é a falta de recursos. Magadan, que durante o governo Pedro Simon atuou na criação do projeto e nas negociações com o BID que o tornaram viável, reivindica uma mobilização que envolva Estado, municípios e União. Em sua primeira fase, o programa consumiu US$ 223,2 milhões em ações de saneamento, educação ambiental e recuperação de áreas verdes de uma região que corresponde a 30% do território do Estado. Desse total, 60% vieram do BID. O resto saiu dos cofres do Estado. A segunda fase, que deveria se iniciar este ano, prevê gastos de US$ 171,3 milhões. O Estado pretende paralisar os investimentos porque não tem condições de arcar com 40%.
Segundo João Carlos Brum Torres, secretário estadual de Coordenação e Planejamento, a contratação do módulo dois do Pró-Guaíba, nesse momento, encontraria restrições nas resoluções do Senado que regulam os limites de endividamento, já que o Estado não tem margem para contrair um financiamento desse porte.Apesar dessa dificuldade, o governo está buscando recursos externos para o ambiente. - Recentemente conseguimos uma doação do Global Environment Facility (GEF) para ações de preservação da biodiversidade no Rio Grande do Sul – afirma o sexretário. (ZH, 39)