A Lagoa do Sombrio, no Sul do Estado de Santa Catarina, sofre com o ingresso de água salgada pelo Rio Mampituba, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, esgotos doméstico e industrial. Suas águas recebem venenos e resíduos de atividades como dos postos de combustível instalados às margens da BR-101.

A situação é complexa. O manancial também teve suas margens alteradas por causa da agricultura e da ocupação urbana. A mata ciliar praticamente não existe. A invasão tem sido motivo de autos de infrações pela Polícia Ambiental.

– Quinze produtores de arroz foram autuados. Existe ainda aqueles que largam as embalagens de agrotóxicos nos canais para a irrigação. Os recipientes deveriam ser lavados e devolvidos às agropecuárias e após ao fabricante, diz o sargento João Batista Timóteo, do 1° Pelotão de Polícia Militar de Proteção Ambiental, em Araranguá. São 20 policiais para atuar em 24 municípios.

O agricultor Alaor Ramos é um dos que tiveram a produção embargada. Sua lavoura não respeita as normas ambientais. – E o esgoto de Sombrio e de outros jogados na lagoa? Quem vai fiscalizar? - indaga. (Diário Catarinense 22/03)