(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-03-23
Ativistas do Greenpeace e da Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) bloquearam ontem (22/3) a entrada do navio Skyman no Porto de Leixões, em Portugal. Escaladores desceram a ponte em rappel numa tentativa de impedir o descarregamento de madeira de empresas envolvidas com a exploração ilegal e destrutiva na Amazônia. Portugal é, hoje, uma das principais portas de entrada da Europa para madeira extraída ilegalmente das últimas florestas primárias do planeta.

Com a ação, as organizações desafiam o novo governo português a se comprometer publicamente com o plano de ação da União Européia contra madeira ilegal. As organizações também exigem que Portugal apóie a nova legislação européia para proibir a importação de madeira de origem criminosa, como parte do processo FLEGT – sigla em inglês para Implementação da Legislação Florestal, Governança e Comércio. O navio Skyman transporta um carregamento de madeira amazônica no valor de mais de US$ 253.760, incluindo madeira de pelo menos quatro empresas multadas no Brasil por envolvimento com ilegalidades. Uma delas, a Milton Schnorr, foi multada em 2001, 2002 e 2004 por exploração e transporte de madeira ilegal. Em dezembro, o proprietário da empresa foi preso por explorar madeira em terra pública.

— A exploração ilegal e predatória de madeira na Amazônia está relacionada com corrupção, grilagem de terras, violência contra comunidades locais e, em alguns casos, até assassinatos, disse Marcelo Marquesini, da campanha da Amazônia do Greenpeace, que está no Porto de Leixões participando da ação. — Portugal pode ser considerado cúmplice nestes crimes, se não tomar nenhuma medida efetiva para controlar o problema.

A Amazônia possui um dos maiores índices de destruição florestal do mundo. Em 2003, o desmatamento na Amazônia alcançou 23.750 km2, o segundo maior da história do País. O estado do Pará, principal exportador de madeira amazônica para Portugal, é responsável por mais de um terço do total desmatado em toda a Amazônia Legal. Este desmatamento é alimentado por décadas de exploração ilegal e destrutiva de madeira e pela derrubada de floresta para criação de gado e agricultura.

Portugal é o sétimo maior importador mundial de madeira amazônica e um dos grandes compradores de madeira proveniente de outras florestas primárias. Os maiores importadores europeus de madeira – Alemanha, Inglaterra, França e Bélgica – apóiam a implementação do plano de ação da União Européia contra madeira ilegal, mas Portugal ainda não mostrou o mesmo empenho. — É hora de Portugal assumir sua responsabilidade e não fechar os olhos para atividades ilegais que ocorrem em países produtores de madeira, disse Domingos Patacho, da Quercus. — Nós desafiamos publicamente o novo governo português a mostrar comprometimento com a questão ambiental apoiando a nova legislação da União Européia contra o comércio de madeira ilegal. — O apoio de Portugal ao processo FLEGT será uma forte contribuição a governos, como o do Brasil, que enfrentam dificuldades para fazer com que madeireiros cumpram as leis nacionais. Também sinalizará para produtores e exportadores brasileiros que o mercado europeu será fechado para a ilegalidade, disse Paulo Adário, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace. — O governo brasileiro, por sua vez, também precisa fazer a lição de casa, implementando uma legislação efetiva para tirar a madeira de origem criminosa do mercado, além de fortalecer instituições de fiscalização, como o Ibama.

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -