Madeira apreendida em maio de 2004 ainda aguarda leilão
2005-03-22
Na reserva Sararé, que fica entre os municípios de Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Vila Bela da Santíssima Trindade, no estado do Mato Grosso, técnicos da Funai apreenderam no final de maio de 2004 cerca de 700 metros cúbicos de cabriúva, a madeira nobre que substituiria o mogno, cuja extração está proibida.
Avaliada em R$ 420 mil, a carga de madeira continua no meio da mata sob a vigilância de funcionários públicos federais. Em Cuiabá, a Funai aguarda autorização da Justiça Federal para fazer o leilão administrativo que permitiria o uso dos recursos em projetos que pudessem beneficiar os índios katihaurlu, donos das terras onde ocorreu a extração.
A carga de cabriúva poderia custar milhões se exportada para outros países. Quando processado em forma de lâminas e fica semi-pronta para a fabricação de móveis, o metro cúbico sobe para US$ 1,2 mil, segundo técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Cuiabá.
Além do risco de roubo e dos custos com a manutenção de funcionários fazendo a vigilância na mata, se a liberação do leilão demorar muito, parte da madeira se deteriorará, reclamam os técnicos Benedito Araújo e Ariovaldo José dos Santos. (Diário de Cuiabá 21/03)