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2005-03-21
Com o Congresso aparentemente aberto ao plano de exploração de petróleo no Refúgio Nacional da Vida Selvagem no Ártico, os Estados Unidos estão à beira de um grande experimento. Os resultados, em termos de produção de petróleo e de efeitos sobre a vida selvagem e sobre a paisagem da região, são amplamente desconhecidos.

O presidente George W. Bush enquadrou a área como local central para o aumento da produção doméstica de petróleo. Porém, uma questão crucial é até que ponto há suficiente petróleo espalhado por debaixo da seção plana da costa de 19 milhões de acres do refúgio, e se elas são comercialmente viáveis.

Especialistas da indústria de petróleo informaram, em entrevistas, que eles acreditam que as apostas dessas companhias para oferecerem áreas para explorar e perfurar provavelmente se pagariam. Mas, recentemente, algumas empresas multinacionais que foram pressionadas ativamente por oportunidades para perfurar no refúgio têm tido um suporte menos visível.

Uma vez que as empresas decidem perfurar, não está clara a extensão da perfuração nem das conexões de redes de dutos, tampouco há prescrições referentes à mudança da paisagem e dos impactos causados aos animais que se movem naquelas áreas.

Na semana passada, o Senado debateu o que seria o ponto de mudança na longa batalha entre energia e política de meio ambiente. Os defensores da perfuração argumentaram que os impactos do desenvolvimento seriam mínimos. –Quando falamos de áres sem estradas disponíveis para exploração, significamos isto, disse a senadora Lisa Murkowski, Republicana do Alasca.

Para outros porém, o termo sem estradas significa apenas a tentativa de minimizar a construção de estradas permanentes.

O aquecimento gradual do clima do Ártico, em anos recentes, tem, aos poucos, levado à degradação de estradas construídas no gelo. A despeito de avanços tecnológicos quanto aos efeitos dos abalos sísmicos da perfuração, alguns biólogos permanecem preocupados com espécies que vivem na região, como o alce, do qual existem apenas cerca de 120 mil exemplares. (NY Times, 20/3)

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