Proposta para acabar com o Lixão da Caturrita não deve ser aceita pela Prefeitura
2005-03-18
O projeto de uma usina de tratamento do lixo, apresentado na terça-feira (15/03) na Câmara de Vereadores pela empresa Mundo Limpo, do Rio de Janeiro, trouxe à tona um velho problema de Santa Maria: o Lixão da Caturrita. Todo o lixo recolhido na cidade á atualmente depositado diretamente sobre a terra, sem receber nenhum tipo de tratamento. A área já foi considerada irregular tanto pelo Ministério Público como pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Inclusive, a Fundação já havia assinado um acordo com a Prefeitura de Santa Maria, exigindo algumas medidas como o tratamento do chorume, mas segundo a Fepam, a Prefeitura não cumpriu a maioria das exigências. Uma solução, provisória, que a Secretaria de Proteção Ambiental apresentou foi a criação de um aterro, ao lado do Lixão, que passaria a receber o lixo da cidade até que fosse construído um local apropriado para receber os resíduos. Mas, o projeto ainda depende do licenciamento da Fepam e, segundo o gerente regional da Fundação, Sérgio Medeiros, o projeto ainda não foi entregue.
A proposta feita pelo idealizador da tecnologia, o físico e professor Jorge Carvalho, na terça-feira, promete acabar com esse problema. Ele desenvolveu uma tecnologia que reduz os resíduos sólidos em um farelo, que, segundo ele, ainda pode ser reaproveitado. Segundo a empresa, se a Prefeitura assinasse a autorização para a instalação da usina, com todos os trâmites necessários, ela poderia estar funcionando em, no máximo, cinco meses. Porém, o Executivo precisaria se comprometer em entregar todo o lixo da cidade para a usina, além de pagar R$ 50,00 por tonelada depositada. Segundo informações, a Prefeitura considerou muito caro o valor cobrado pela empresa pela tonelada de lixo e também alegou que, caso a usina seja instalada, a Mundo Limpo teria o controle do lixo de Santa Maria.(A Razão, 17/03)