Sistema de gás ficou por 12 horas em alerta na Argentina
2005-03-18
Ontem, por mais de 12 horas, o sistema de gás argentino esteve em situação de alerta. Foi quando um grupo de sindicalistas tomou uma planta de compressão em Neuquén como protesto pela demissão de um trabalhador.
O ministro da Planificação, Julio de Vido, a vice-ministra do Trabalho, Noemí Rial, e empresários do país e dos Estados Unidos se mobilizaram para desmantelar um conflito que ameaçou causar a falta de combustível em grande parte do território argentino.
A polêmica ocorreu quando a empresa Universal, empresa de origem estadounidense, contratante da maioria das petroleiras de Neuquén, despediu o empregado Osvaldo Palacios, que trabalhava em uma área operada pela petrolera Pioner. Palacios estava juntando assinaturas para ser delegado sindical, mas negou-se a formalizar este trâmite. A Universal então o ameaçou com demissão, e o sindicato dos trabalhadores da categoria reagiu, mas na área da Repsol-YPF.
Rapidamente, os trabalhadores do Sindicato de Petroleiros Privados de Neuquén e Río Negro tomaram a sala de controle de uma planta da Repsol-YPF. Disparando os sistemas de emergência, deixaram fora de operação três bombas compressoras de gás. Um total de 7,5 milhões de metros cúbicos por dia deixou de fluir do maior campo de gás do país, Loma La Lata, que atualmente provê 25 milhões de metros cúbicos por dia. O total da demanda nacional é de 120 milhões. A ação dos sindicalistas ocorreu às 8h. Somente às 21h, após negociações dos sindicalistas com várias autoridades, houve uma conciliação, e os sindicalistas então deixaram a planta. (Clarín, 18/3)