Ministério Público investiga vendas suspeitas de terras do governo da Amazônia
2005-03-17
No momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolve dar uma basta à grilagem e à cessão irregular de terras, à luz do caso Dorothy Stang, uma investigação do Ministério Público revela que a questão fundiária no país ainda gravita em torno de uma atmosfera nebulosa. Segundo o MP, uma venda suspeita de terras feita pelo governo do Amazonas na década de 70 em favor de empresários paulistas pode provocar um rombo de R$ 400 milhões nos cofres públicos. A área, de 1,05 milhão de hectares, equivale a 25% do Estado do Rio de Janeiro. Parte do terreno foi inundada em 1981 para construção da Usina Hidrelétrica de Balbina, no Amazonas, pela Eletronorte. Há mais de 5 anos, 156 empresários proprietários dos títulos movem 27 ações indenizatórias na Justiça Federal por conta da inundação da área. Até hoje, a Eletronorte já foi obrigada a desembolsar cerca de R$ 5 milhões em títulos do setor elétrico em indenizações para dois empresários. (site Amazônia.org, 16/03)