Santa Maria recebe proposta para acabar com o drama do lixo
2005-03-17
O físico baiano Jorge Carvalho afirmou ontem (15/03), na Câmara de Vereadores de Santa Maria, que pode acabar com o problema ambiental dos lixões, o impacto da poluição na água (lençol freático) e a emissão de gases. Para a prefeitura, no entanto, existem dois problemas principais: o custo elevado e a privatização e monopólio do lixo nas mãos de uma empresa.
Para a instalação de uma usina, utilizando a tecnologia que Carvalho afirma ser exclusiva, a empresa Mundo Limpo investiria de R$ 6,5 milhões a R$ 8 milhões. Geraria, segundo Carvalho, 350 empregos. Em troca, a prefeitura se comprometeria a entregar 100% do lixo produzido na cidade. Hoje, o município mantém contrato com a empresa PRT Prestadora de Serviços, que foi renovado por um ano, em dezembro de 2004. A PRT recebe hoje R$ 14 pela tonelada do lixo recolhido, mas despeja tudo num lixão que foi considerado irregular pelo Ministério Público. Já a empresa de Carvalho pede R$ 50 por tonelada e promete não deixar nenhum resíduo. - Com um choque térmico reduzimos o volume em 30% do lixo. Usamos um reator, movido a biogás, alimentado com 1% do próprio lixo. O resíduo é um farelo que serve para fazer tijolo e até como combustível para termoelétricas. E não há mais resíduos tóxicos - afirma o físico. A intenção é instalar, em um ano, 13 usinas no Rio Grande do Sul.(Diário de Santa Maria, 16/03, A Razão, 16/03)