Exército do Sudão é acusado de tráfico ilegal de marfim
2005-03-17
O Exército sudanês foi acusado nesta segunda-feira, 14/03, por uma organização ecologista de estar por trás dos massacres de elefantes e do transporte das presas para a capital, Cartum, onde grande quantidade de marfim ilegal é vendida abertamente.
A venda de marfim está proibida pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Risco de Extinção (Cites, em inglês), de 1989, que só permite a venda de objetos fabricados com marfim extraído antes de 1990. Mas a maior parte do marfim vendido no Sudão procede de presas de elefantes abatidos recentemente, principalmente no sul do país e na República Democrática do Congo, além de, em menor grau, na República Centro-Africana, Quênia e Chade.
Calcula-se que entre 1979 e 1989 o continente africano tenha perdido a metade da população de elefantes devido à caça. Hoje, apesar da proibição internacional do comércio de marfim, tanto elefantes como rinocerontes continuam em perigo em algumas regiões da África. (UOL, 14/03)